segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Repita sem se Rir!

O rol de anedotas/piadas em Alpiarça continuam. Confesso que desconhecia tamanho sentido de humor no povo alpiarcense, mas confesso desde já a minha satisfação. Também eu adoro uma boa piada.

A mais recente, foi contada por Regina Ferreira, ilustre vereadora na CM de Alpiarça. Começa por acusar o actual Executivo de algum marasmo limitando-se a dar continuidade a projectos que estavam em andamento e a uma ou outra iniciativa. Suponho que quando se refere à continuidade esteja a falar das obras de construção do Centro Escolar e remodelação/beneficiação da Casa Museu dos Patudos, que segundo diz já estavam em andamento??? A primeira piada está lançada. Qualquer uma delas foi anunciada à população, mas como já vem sendo apanágio do seu Partido, esqueceram-se se alguns pormenores, tais como o visto do Tribunal de Contas, o financiamento., etc, etc. Tudo ficou para este Executivo resolver. Tal como ficou também para este Executivo, a integral execução da obra bem como o seu pagamento. Não sei se sugeria que este Executivo não avançasse com estas obras tão “brilhantemente” lançadas pelo Executivo Socialista. Já para não falar de outra grande obra, deixada por aquele Executivo – a obra da Praça Velha.

O marasmo continua, com uma ou outra iniciativa. Não sei a que se refere. Será ao Festival do Melão, cuja primeira edição foi um sucesso? Ou será à feira da Alpiagra, que já se realiza há 28 anos? Como não sei, não vou referir mais.

A segunda piada vem quando reconhece a situação difícil da autarquia. Mas afinal a Autarquia tem uma situação difícil? Julguei que só os Socialistas no Governo tinham percebido. Até agora o Partido Socialista em Alpiarça, negou sempre esta situação. Os eleitos socialistas tanto na Câmara como na Assembleia Municipal, afirmaram sempre que a situação era inventada pelo actual Executivo, para camuflar a sua incapacidade.

Mas, apesar de afinal reconhecer a grave situação financeira, sabe a que se deve. Justifica com o “investimento muito elevado em obra nos últimos 12 anos”. Esta justificação deixou-me de tal maneira confuso que já reli, pelo menos, 10 vezes para ver se entendia. Estará a Senhora a admitir que o facto de terem sido feitas obras ao longo de 12 anos e de a grande maioria não terem sido pagas, faz com que a CM esteja neste momento com uma dívida de 13 milhões. A tal dívida que não existia, mas afinal até existe? Que a anterior maioria, onde se incluía, não sabia honrar compromissos? Que lançava obras e não pagava? Que adquiria bens e serviços e não pagava aos seus fornecedores? Confesso que este sentimento de “Mea Culpa” é bonito. Fico até emocionado, com tamanha humildade.

Mas vamos continuar, porque há mais umas piadas. Critica que a proposta de saneamento financeiro não especifique o que vai deixar de ser feito. Ou não leu o plano, que foi apresentado publicamente ou não sabe ler. Mas tudo bem. Entretanto não foi realizada este ano, a Feira do Vinho, exactamente, para fazer face à grave situação financeira da autarquia. Ao contrário do ano passado, em que a Autarquia já tinha excedido a sua capacidade de endividamento, e mesmo assim, não se coibiram de gastar 140 mil € numa festa de comes e bebes de 4 dias.

Adiante. Lamenta que não haja um esforço para captar investimentos. Não sei qual foi o esforço feito pelo Partido Socialista nesse sentido, mas se lesse o Jornal Mirante e alguns blogues da Terra, teria sabido que a empresa Monliz vai duplicar a área de cultivo contratada aos agricultores, dos actuais 2000 para 4000 hectares, e expandir as suas instalações, criando mais 30 novos postos de trabalho. Isto tudo aconteceu já neste mandato. Não sei o que é suposto ser feito por um Executivo para captar investimentos. Penso que será da iniciativa privada, mas poderei estar enganado. Ou sugere que a Câmara Municipal crie empresas?

Quanto à visibilidade que deveria ter sido dada à Casa Museu dos Patudos no centenário da República, há que ter a noção das coisas. As comemorações foram feitas em Lisboa, como é normal que fossem. Até porque foi no edifício dos Paços do Concelho de Lisboa que foi proclamada a República. Foi aquela cidade o palco dos acontecimentos. Neste assunto Alpiarça teve a importância que teve. Não mais do que isso. Quanto às comemorações em Alpiarça elas decorrerão até meados de 2011, como já foi afirmado publicamente pelo Sr. Presidente da CM.

O balanço feito por esta Vereadora é tão pobrezinho, que acaba por me dar alguma tranquilidade. Depois de ler uma análise tão profunda, só posso concluir que o balanço que faz deste 1º ano de mandato da CDU é bastante positivo. 

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