terça-feira, 4 de novembro de 2014


Romper com política de direita e fazer emergir como possibilidade real uma política alternativa, patriótica e de esquerda, constitui não só um imperativo nacional e uma exigência patriótica como corresponde a uma legítima aspiração dos trabalhadores e do povo português.
É esse o objectivo e a prioridade que o PCP toma em mãos.
O PCP afirma com confiança que reside no povo a soberania de decisão, que com a força do Povo, a sua luta e intervenção mas também as suas opções e escolhas é possível romper com décadas de política de direita e abrir caminho a uma política vinculada aos valores de Abril.

Com o PCP, uma Política Patriótica e de Esquerda
A concretização de uma alternativa política ao actual rumo de desastre para que o País tem sido conduzido nos últimos 38 anos, constitui um imperativo nacional e exigência patriótica.
Uma alternativa que tem na política patriótica e de esquerda a base essencial de concretização, assente em seis direcções fundamentais:
 - Renegociar a dívida, rompendo com o garrote que ela constitui ao desenvolvimento soberano de Portugal;
- Promover e valorizar a produção nacional e recuperar para o controlo público os sectores e empresas estratégicas, designadamente do sector financeiro;
- Valorizar os salários e rendimentos dos trabalhadores e do povo e assegurar o respeito pelos direitos;
- Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado, designadamente o direito à educação, à saúde e à protecção social;
- Adoptar uma política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores e dos pequenos e médios empresários e tribute fortemente os rendimento do grande capital, os lucros e a especulação financeira;

- Rejeitar a submissão às imposições do Euro e da União Europeia recuperando para o País a sua soberania económica, orçamental e monetária.

domingo, 29 de junho de 2014

Resultados Eleitorais das Eleições na ARPICA

ELEIÇÕES NA ARPICA
COMUNICADO DA LISTA A

Realizaram-se no dia 28 de Junho de 2014 eleições para os corpos sociais da ARPICA, Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Alpiarça.
Demonstrando uma consciência muito profunda do que estava em jogo nestas eleições os sócios da Associação compareceram em massa para expressar de forma livre e democrática o seu direito de voto, traduzido no seguinte resultado:

                        Votantes – 182
                        Lista A ----- 140
                        Lista B ------- 41
                        Nulos --------   1

A lista A, grande vencedora neste acto eleitoral, era encabeçada por:

                        Assembleia Geral – Victor Santos
                        Direcção -------------- Américo Abalada
                        Conselho Fiscal ----- Raúl Figueiredo

Depois de encerrados os trabalhos, a Lista A agradeceu a participação massiva dos sócios, o empenho dos corpos gerentes, do corpo técnico e dos funcionários na preparação e organização do acto eleitoral, e renovou ainda o compromisso de contar com todos para o progresso e desenvolvimento da Associação, tendo como preocupação fundamental a qualidade do serviço prestado aos seus utentes.

Saudações fraternas,

Os representantes da lista A 

sexta-feira, 21 de março de 2014

Evocando Maria Rosa Viseu



Militante comunista desde 1958, mulher duma fibra imensa, duma firmeza contagiante de convicções inabaláveis.
Nascida no Couço, terra heróica nas lutas contra o fascismo, pela democracia e pela liberdade, palco de imensas lutas pelo direito ao trabalho, por uma vida digna, sementeira de gerações e gerações de mulheres e homens que, sempre com o seu Partido, estiveram e estão do lado certo da barricada, Maria Rosa deixou a escola aos 13 anos para ingressar a tempo inteiro na dura labuta do campo onde, como ela dizia, “se trabalhava de sol a sol para se receber uns míseros 6 escudos”, o seu primeiro ordenado.
Cedo percebeu por experiência vivida e sofrida o que era a exploração e as injustiças.
Cedo percebeu que a miséria de uns, era a razão da ostensiva riqueza de outros que tudo tinham á custa do suor daqueles que exploravam sem dó nem piedade.
Com o seu suor, aprendeu rápido aquilo que muitos não queriam, não querem, se recusavam e recusam a ver: Que há uma luta de classes, que essa luta se dá entre explorados e exploradores.
Do lado dos explorados, daqueles que nada tendo a não ser a força do seu trabalho, e que lutaram das mais variadas formas contra a exploração, Maria Rosa participou em Greves, manifestações e outras formas de luta dos operários agrícolas.
Como ela dizia: “Esteve em todas”. Foi participante activa na luta vitoriosa dos operários agrícolas do Ribatejo e do Alentejo, pela conquista da jornada de trabalho de 8 horas no campo.
Muito cedo percebeu igualmente que a luta por melhores condições de trabalho e pelo direito ao trabalho era inseparável da luta contra a ditadura fascista, da luta pela liberdade e pela democracia, da luta pelo socialismo.
Empenhou-se em acções de solidariedade com os presos políticos e participou activamente na greve política de 1958 contra a burla eleitoral que no Couço teve enorme relevo.
Aqui, Humberto Delgado ganhou com mais de 80% dos votos, recorde-se.
Em 1961 foi presa pela PIDE.

Ela e muitas outras mulheres do Couço foram vítimas da tortura do sono, e de todo um conjunto de brutalidades e torturas físicas que ela nos descreveu com grande precisão e que revelam que os abanões da polícia, como dizia Salazar, eram bem mais do que isso e deixaram marcas para toda a vida.
À brutalidade da tortura e dos maus tratos, juntou-se a coacção, a humilhação a que ela e muitas outras foram sujeitas. A brutalidade da polícia foi tal que chegou a temer-se pela sua vida.
Tudo isso ela enfrentou com grande coragem e determinação.
Foi julgada em Julho de 1961, tendo sido condenada a 14 meses de pena correccional, tendo cumprido uma pena de 6 meses na prisão.
Em liberdade, retoma a luta com a sua classe e com o povo da sua terra.
Retoma a sua actividade de militante comunista.
Como ela nos disse: “Uma vez cá fora, continuei com as mesmas lutas, por melhor salário e pelas 8 horas de trabalho. “
E assim foi até ao 25 de Abril, sempre a lutar.

Participou activamente Na actividade do PCP, na Freguesia do Couço, Na Comissão Concelhia de Coruche, tendo assumido diversas tarefas e responsabilidades, designadamente a coordenação de um organismo de direcção de 6 UCPs e Cooperativas da reforma agrária.
Comunista destacada e muito prestigiada, veio a ser eleita para o Comité Central do Partido, no 9º Congresso.
Destacou-se igualmente na luta pela reforma agrária e na actividade sindical, onde desempenhou diversas tarefas na qualidade de dirigente do Sindicato dos Operários Agrícolas do Distrito de Santarém.
Uma vida e uma luta cheias.
Sempre com aquela contagiante alegria feita de convicções que não vacilam, que não desistem perante as adversidades da luta.
Com um discurso simples, claro como água, com a naturalidade do dramatismo que imprimia às suas palavras, forjado no palco das lutas, de que foi uma enorme protagonista.
Foi assim até ao limite das suas forças físicas.

Uma grande mulher, uma mulher grande, nascida a forjada na grandiosidade desta terra que é o Couço.
A Maria Rosa foi sempre comunista, orgulhosa do seu Partido.
O seu, nosso Partido, orgulha-se dela!
A Maria Rosa deixou-nos. Fica connosco o seu exemplo.
A melhor forma de a homenagearmos é prosseguirmos com o seu combate, com a sua luta.
Luta tanto mais necessária, quanto hoje assistimos a uma poderosa ofensiva contra Abril, a Constituição e os direitos que ela consagra.
Uma ofensiva que visa reconstituir os privilégios perdidos pelas classes dominantes na revolução de Abril.
Ontem como hoje, uma luta contra a exploração, pelos direitos de quem trabalha.
Uma luta para que os ideais de Abril iluminem o futuro de Portugal.
Luta dos comunistas, dos democratas, pela liberdade, pela democracia, pelo socialismo. A LUTA CONTINUA!

(da intervenção de Octávio Augusto, da Comissão Política do Comité Central do PCP, no funeral de Maria Rosa Viseu – Couço, 20 de Março de 2014)





quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Jerónimo de Sousa em Alpiarça no Dia Internacional da Mulher



Almoço Comemorativo
 Aniversário do Partido
Dia Internacional da Mulher
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Sábado, 8 de Março
Alpiarça – Pavilhão de Os Águias, 13h
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Participação de
Jerónimo de Sousa
Secretário-geral do PCP


Sopa de couve e feijão / Porco no espeto com batata frita e salada / Doce /Fruta /Café

10 Cravos

Inscreve-te antecipadamente!
TM  913450740

Devem ser os militantes e simpatizantes os principais financiadores dos ...

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

“A luta de um homem, de uma família, por nós”

 
O Auditório Mário Feliciano na Biblioteca Municipal de Alpiarça encheu na tarde do passado sábado para o lançamento da obra autobiográfica “Aconteceu”, de Francisco Presúncia Bonifácio (Chico Galiza), militante do PCP desde a década de 50 do século passado.
Na mesa estiveram, para além do autor, Octávio Augusto, do Comité Central do PCP, Mário Pereira, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça (que apoiou a edição), Ricardo Hipólito e Sérgio Ribeiro.
Octávio Augusto realçou que “o livro é muito mais do que apenas se ficar a saber o que aconteceu num determinado contexto histórico (…), é também encontrar-se ali elementos para se continuar o trabalho que os “Chicos” Galiza travaram, de modo a que Abril não se perca”.

Mário Pereira sublinhou a contribuição de Chico Galiza e de outros alpiarcenses para a nossa liberdade e a importância de um livro tão especial que reflecte o percurso histórico do autor, marcante da afirmação de um ideal, ao dar o melhor de si e, ao mesmo tempo, ser a obra uma importante peça na recuperação de memórias de luta.

Por sua vez, Ricardo Hipólito abordou as vicissitudes do desafio lançado a Galiza para que a sua experiência e conhecimentos pudessem ficar como testemunho de um percurso de vida e o consequente desenvolvimento de todo aquele processo criativo. Foram ainda, na sua intervenção, abordados alguns momentos relatados na obra, sublinhando-se que a grande força dinamizadora de Galiza e de tantos outros que, como ele, lutaram, foi o facto de acreditarem. De acreditarem nas causas justas da sua luta.

Sérgio Ribeiro, antes de analisar o livro, não quis deixar de assinalar que já tinha apresentado muitos livros “mas nunca um que lhe tivesse dito tanto (como este), por ser um testemunho vivo”.
Um livro que, na sua opinião, é de uma grande “importância como testemunho, por vezes comovente, relato de um homem, de uma família, de uma luta que foi por nós. Um livro de afectos, cheio de ternura, de amizade, de compreensão, de companheirismos, das suas contingências, das suas fragilidades e das suas traições”.

Chegada a vez do autor e antes de relatar alguns episódios da sua vida de luta, transcritos na obra, Chico Galiza reafirmou que nunca tinha pensado em escrever um livro e muito menos sobre si, a sua companheira e a sua filha, porque o que fez, no seu entender, foi cumprir apenas o seu dever.
E se voltou atrás na sua inicial intenção é porque compreendeu a importância do testemunho para que o fascismo não seja branqueado.
“Foi também por ouvir a minha filha perguntar muitas vezes, na escuridão das casas clandestinas, porque brincavam os outros meninos e ela não, que resolvi escrever este depoimento, uma espécie de desabafo”.

A sessão de apresentação terminou com o autor e a sua “sobrinha Isabel” (aliás Faustina Condessa Barradas, uma jovem alentejana que entrou na clandestinidade aos 16 anos) a reviverem momentos (comoventes) por que passaram nos treze meses em que desempenharam juntos tarefas partidárias numa “casa do Partido” na zona de Odivelas, onde funcionou uma tipografia clandestina.








O livro encontra-se à venda no Centro de Trabalho do PCP em Alpiarça, na Agência Amílcar, no Quiosque de Luís Figueiredo, no Largo dos Águias e em Lisboa, na sede do PCP, na Rua Soeiro Pereira Gomes. As encomendas podem ser feitas pelo email galizachico@sapo.pt ou pelo TM 91345 0740.