1950 – 2010
60.º aniversário do assassinato do jovem comunista e trabalhador agrícola de Alpiarça
ALFREDO LIMA
É preciso não esquecer. Alfredo Lima foi assassinado pela GNR a 4 de Junho de 1950, quando, com outros trabalhadores agrícolas de Alpiarça – homens e mulheres – concentrados na Praça da Jorna, lutava contra os salários de miséria, exigindo o seu aumento.
Às justas reivindicações dos trabalhadores e à sua determinação de luta, respondeu a GNR, capitaneada pelo famigerado sargento Francisco Pinto , disparando sobre eles, ferindo vários e assassinando o jovem comunista Alfredo Lima.
No dia 4 de Junho de 1950, o regime fascista, para quem a violência era lei, cometia mais um odioso crime.
O nome de Alfredo Lima engrossava a já extensa lista de comunistas e antifascistas assassinados pelo regime fascista por ousarem protestar contra a vida de miséria, por exigirem liberdade.
Alfredo Lima converteu-se num símbolo da luta dos trabalhadores e do povo de Alpiarça contra o fascismo.
O ano de 1950 foi trágico para os antifascistas e em particular para os trabalhadores e os comunistas, as forças mais consequentes e combativas na luta pela liberdade.
O fascismo salazarista, apoiado pelo imperialismo e pela NATO, intensificou a repressão contra o povo português, prendendo centenas de patriotas, torturando e assassinando.
No dia 2 de Janeiro de 1950, morria na Penitenciária de Lisboa, vítima dum regime prisional brutal, o dirigente comunista Militão Bessa Ribeiro.
A 23 desse mesmo mês, era torturado até à morte, na sede da PIDE, o funcionário do PCP José Moreira.
A mesma sorte teria, a 22 de Maio, o operário de Gaia, e militante comunista, Venceslau Ferreira Ramos. E a 26 de Junho desse mesmo ano, poucos dias depois do assassinato de Alfredo Lima, morria na Cadeia de Caxias, vítima de torturas, o militante comunista de Vila Franca de Xira, Carlos Pato.
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