segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Greve Geral e a «Salvação Nacional»

Por Carlos Gonçalves
À beira da Greve Geral, anda a política de direita e os seus mandantes, agentes e acólitos, face à dimensão do desastre nacional que criaram e visam aprofundar, com um problema de falta de credibilidade - é que se alarga a compreensão que aí radicam as causas do crescente agravamento do estado do país e do seu declínio, e que a continuidade do seu exercício tornará tudo cada vez pior.
E sabem, PS, PSD, CDS e PR, que a Greve Geral de dia 24 despertará novas forças, que os trabalhadores e o povo ficarão mais fortes para as lutas futuras e para o caminho da alternativa patriótica e de esquerda.
Por isso, ao mesmo tempo que ameaçam, usam e abusam da artilharia repressiva e ideológica anti-greve (e anti-comunista), não hesitam em criar «factos políticos» e cenários para recuperar a base de apoio e dar sustentação acrescida à continuidade da mesmíssima política de direita.
É o caso da recorrente mistificação da alternância do PSD, do «vira o disco e toca a mesma», que, na mesma hora da sua abstenção a favor do OE PS/PSD de 2011, ameaçou com a crise política e a moção de censura para daqui a quatro meses (!) - dizendo-se, por eleitoralismo sem vergonha, contrário aos efeitos da política de direita que agora re-aprovou e que visa prosseguir.
É o caso da recuperada mistificação do «governo de salvação nacional» proposta, em matizes e por actores diversos, para assegurar o apoio político alargado, do PS e PSD, com ou sem CDS, à continuidade e agravamento dessas mesmas políticas.
Nem todos os que agora avançam com esta tese terão a mesma leitura, no PS uns estão com os manobrismos de Sócrates e outros com o pós «socratismo», no CDS estão com o «tacho» e no PSD contra o «passos-coelhismo», mas o facto é que estão amancebados na mesma causa, a união de facto do PS-PSD(-CDS), para continuar a política de direita que sempre têm feito e sempre os tem mantido amigados.
Estão nervosos e com medo da Greve Geral - ainda bem.
No fundo sabem todos eles e os seus mandantes – os grandes senhores do dinheiro – que para os trabalhadores, o povo e o País é necessária e urgente uma ruptura e uma nova política, de dignidade e salvação nacional (sem aspas), uma política patriótica e de esquerda. E sabem que a Greve Geral vai comprovar que este caminho é possível.
A luta continua!

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