«Alívio»
O Público anunciava em primeira página que «UE recebeu com alívio pedido de ajuda ontem feito pela Irlanda», explicando que a Irlanda, «submetida durante vários dias a uma pressão intensa por parte dos países europeus, resignou-se a pedir ajuda financeira da zona euro para os seus bancos em dificuldades», acrescentando que após o pedido ter sido aceite de imediato pelos ministros das Finanças dos Dezasseis países do euro e depois pela totalidade da União Europeia, estes emitiram um comunicado onde afirmam que «saúdam o pedido do Governo irlandês».
Aqui está, em alvar franqueza, o que verdadeiramente conta para todos os governos da União Europeia, nesta questão do défice da Irlanda: a ajuda «aos bancos em dificuldades». Portanto, os rios de dinheiro que os poderosos da UE se preparam para emprestar à Irlanda (para mais tarde lhos cobrarem com juros, sublinhe-se...) continuam a ter como objectivo central tapar o buraco sem fundo que estes mesmos bancos abriram na economia da Irlanda. Entretanto, quem vai pagar tudo isto é o povo irlandês.
O «alívio» destes governantes europeus acaba por bater certo: é que o alívio só se justifica quando quem dele beneficia são os amigos. Ora ninguém tem dúvida de que os grandes capitalistas são os melhores – e únicos – amigos dos mandantes da União Europeia.
Aqui está, em alvar franqueza, o que verdadeiramente conta para todos os governos da União Europeia, nesta questão do défice da Irlanda: a ajuda «aos bancos em dificuldades». Portanto, os rios de dinheiro que os poderosos da UE se preparam para emprestar à Irlanda (para mais tarde lhos cobrarem com juros, sublinhe-se...) continuam a ter como objectivo central tapar o buraco sem fundo que estes mesmos bancos abriram na economia da Irlanda. Entretanto, quem vai pagar tudo isto é o povo irlandês.
O «alívio» destes governantes europeus acaba por bater certo: é que o alívio só se justifica quando quem dele beneficia são os amigos. Ora ninguém tem dúvida de que os grandes capitalistas são os melhores – e únicos – amigos dos mandantes da União Europeia.
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