sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"O que a política de direita já fez é péssimo; o que se prepara para fazer, é muito pior"

UM TRIO SINISTRO
A Greve Geral convocada pela CGTP-IN e realizada no dia 24 – uma das mais importantes jornadas de luta realizadas em Portugal depois do 25 de Abril, na opinião do Comité Central do PCP – constituiu o acontecimento mais relevante da vida nacional nos últimos tempos. E pela sua dimensão; pelo seu significado; pelo que representou enquanto expressão concreta da força organizada dos trabalhadores; pelas potencialidades de luta que revelou, os seus efeitos continuarão a marcar impressivamente a actualidade nacional nos próximos tempos.
No futuro imediato, a luta de massas, nas suas múltiplas e diversificadas expressões, tem condições para assumir uma dimensão e um conteúdo novos, qualitativa e quantitativamente superiores.
Incorporando as experiências e ensinamentos de todo o processo de construção e concretização da Greve Geral; interpretando correctamente o significado da entrada na luta de milhares e milhares de jovens com vínculo precário que, com notável coragem e dignidade, ousaram enfrentar, e venceram, a barreira da chantagem e do medo, a luta de massas pode dar decisivos passos em frente com vista àquele que é o objectivo primeiro dos trabalhadores: a ruptura com a política de direita e a conquista de um novo rumo para Portugal.
O que a política de direita do PS/PSD já fez, é péssimo; o que se prepara para fazer, é muito pior do que péssimo.
Evitar que o desastre nacional já provocado pela aplicação dessa política se transforme numa verdadeira tragédia, é a questão crucial que se coloca aos trabalhadores e ao povo. Uma questão que só será resolvida no quadro da intensificação da luta de massas e do reforço do PCP – de facto, o único grande partido que, sistemática e coerentemente, combate a política de direita e lhe contrapõe a alternativa de uma política patriótica e de esquerda, uma política que ponha Portugal a produzir, promovendo a criação de riqueza e a sua justa repartição.
…/…
A histórica Greve Geral do dia 24, erguida a pulso no interior das empresas e locais de trabalho e construída no quadro de uma fortíssima ofensiva ideológica, constituiu uma poderosa resposta das massas trabalhadoras à brutal ofensiva da política de direita e expressou, de forma inequívoca, a condenação dessa política e a exigência de um novo rumo para o Pais.
Prosseguir e acentuar essa resposta, essa condenação e essa exigência, é a tarefa fundamental que se coloca às massas trabalhadoras – uma tarefa cujo êxito estará tanto mais próximo quanto mais fortes e participadas forem as lutas no futuro imediato.

Sem comentários:

Enviar um comentário