Após a vitória da CDU nas eleições autárquicas de Outubro de 2009, sempre foi intenção desta força política, fazer das Assembleias Municipais, um espaço de debate sobre as várias questões do nosso concelho. Espaço de debate aberto, com a participação de todas as forças políticas, com base no respeito pela diferença de opiniões. Espaço este aberto ainda a todos os munícipes, depois de a CDU ter apresentado uma proposta de alteração ao regimento, que permite a todos participarem de forma livre e democrática nas Assembleias, o que antes, por imposição do PS não acontecia.
Acontece porém, que o Partido Socialista teima em não compreender, ou não aceitar este espaço como um espaço de debate, salutar para a nossa terra, mas, antes pelo contrário, usá-lo como um espaço de confronto, de falta de respeito pelos eleitos e pelas pessoas, defraudando assim os seus eleitores.
Foi assim que os eleitos do PS se comportaram desde 1998 na Assembleia municipal de Alpiarça, e é assim que agora continuam a pautar a sua intervenção, sobretudo através dos seus deputados municipais Graciete Brito e Fernando Ramalho. A última Assembleia, que se realizou a 21 de Dezembro último foi disso um exemplo.
Estes eleitos, que levaram muito tempo a reconhecer ( será que não conheciam? ) a situação caótica em que o PS deixou as contas do município, de tudo têm feito para impedir o normal funcionamento dos trabalhos. Desde interromper intervenções, incluindo do próprio Presidente da Câmara, falta de respeito enquanto outros eleitos usam da palavra, pedidos constantes do uso da palavra para “defesa da honra” (pasme-se), sem que nada o justifique, até á exigência da retirada de pontos da ordem de trabalhos, sem fundamentação aceitável, e essenciais para o normal funcionamento da Câmara Municipal, de tudo aconteceu nesta Assembleia, que terminou muito perto das 4 horas da manhã ( não há engano, quatro horas da manhã ). Será que estes eleitos, com esta postura, pretendem afastar as pessoas de participar nas Assembleias Municipais? Fica questão para mais tarde responder. Quem souber, claro.
De salientar, no entanto, alguns aspectos positivos, que aconteceram na A. Municipal de 21 de Dezembro;
---A aprovação das grandes opções do plano e do orçamento da Câmara Municipal, para o ano de 2011, com os votos favoráveis da CDU e do PSD. Não, também aqui não há engano. Ao contrário do que se diz noutro blogue cá da praça, algumas das propostas do PSD estão contidas nas grandes opções do plano e outras em fase de análise pelo executivo. Ficou claro que, infelizmente para os alpiarcenses, este é um orçamento para pagar as dívidas que o PS deixou na Câmara de Alpiarça, e que, se não se tomassem medidas de saneamento financeiro, o concelho seria ainda mais penalizado. Ficou também claro que, mais uma vez infelizmente, a CDU tinha razão, quando, já em 2006 alertava o executivo do PS, para a situação gravosa que as medidas então tomadas poderiam arrastar o nosso concelho, em termos de sustentabilidade financeira.
---A aprovação, por unanimidade, de uma moção, apresentada pela CDU, protestando pelo facto de mais uma vez, não ter sido incluído em PIDDAC, a construção do novo quartel da GNR, bem como da exigência de mais meios humanos para reforçar a segurança no concelho.
---A aprovação da reestruturação orgânica da Câmara Municipal, que embora o deputado municipal Fernando Ramalho tentasse impedir a sua votação, esta foi aprovada por maioria, com os votos favoráveis da CDU, do PSD, e … de um deputado do PS.
--- A intervenção do munícipe Raul Figueiredo, que fez uma intervenção sobre a arrogância do PS, após este partido ter ganho as eleições autárquicas em 1997, e as dificuldades que sentiu, a forma como foi (mal)tratado pelo então Presidente da Câmara, o clima de crispação entre as pessoas, e a importância da CDU ter reconquistado a Câmara em Alpiarça. Durante a sua intervenção fez-se um silêncio na sala. Pois é. A verdade pode demorar a chegar, mas é como o azeite; vem sempre ao de cima.
Em Fevereiro a Assembleia Municipal voltará a reunir. Para bem de Alpiarça, todos esperamos que seja um verdadeiro espaço de debate. Livre, democrático, participativo, com respeito por todos. Os eleitos da CDU lá estarão mais uma vez. Para honrar os seus compromissos e cumprir fielmente as funções que lhes foram confiadas.
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