quarta-feira, 12 de junho de 2013

Nem sei o que diga



Eu que já vi um elefante no trapézio e um porco de fato e gravata, confesso que já nada me surpreende.


No tempo da outra senhora havia os lutavam pela liberdade, os que combatiam os que lutavam pela liberdade e os que se faziam passar por combatentes pela liberdade mas eram bufos.
E havia ainda os que, ao mais pequeno aperto, davam com a língua nos dentes e denunciavam os seus camaradas.
Mais tarde apareceram os revolucionários, mais revolucionários que todos os outros que, assim que a curva da estrada apertou, seguiram por outro caminho.
Uns e outros trataram da sua vidinha, nem que para isso tivessem de lixar a vida a muitos outros.
Confesso também que esse tipo de gente me repugna, não me merece qualquer consideração.
São as prostitutas da política.

Toda a vida houve, e creio que sempre haverá, quem, no seu percurso vem a concluir que se enganou, que aquilo em que acreditou e em que se empenhou, afinal não era o que pensava ou não era coisa para si.
Tenho amigos que já foram meus camaradas mas seguiram o seu caminho e eu mantive-me no meu.
São opções. E as opções respeitam-se ainda que delas discordemos.
E há ainda os companheiros de caminhada. Os que chegam ao fim do percurso e os que ficam pelo caminho.
E de entre os que ficam pelo caminho, há os que assumem que não vão até ao fim e os que inventam desculpas para deixarem de nos acompanhar.
São eles que vão com o passo certo e todos os outros com o passo trocado.
Há ainda aqueles que, como que em simultâneo percebem, e nós percebemos que este não é o seu caminho.
Da nossa parte quando percebemos isso, dizemos-lhe olhos nos olhos que não os queremos ter na nossa equipa, que não contamos com eles para a próxima época.
Como é evidente esses seguem o caminho que entenderem.
O que não se entende é que não devolvam o equipamento da sua, ainda, equipa, no momento em que resolvem alinhar por outra!
E ainda por cima participam nos treinos da sua nova equipa, com o equipamento da sua anterior equipa.
E depois há aqueles que, em conversas sucessivas com a direcção da sua equipa e respectiva equipa técnica, afirmam fidelidade, em especial ao presidente. Podem sempre contar comigo, com a minha colaboração (com o meu voto. Ups a boca está fugir-me…). Sim tenho os papéis, levo-te os papéis na sexta á sede do clube. Olha fica pra Sábado. Olha estou atrasado, pode ser às 21,30h na sede? Ok lá estarei.
Só que já se sabia por portas e travessas que o tal jogador iria assinar por outra equipa e que as condições do contrato já estavam acertadas há algum tempo.

E assim foi. Telemóvel desligado e jogador apresentado noutra equipa. É pá lixaste os gajos, boa! És um espertalhão! És um dos nossos! Tinhas dado a tua palavra aos gajos? Que se lixe! Vai uma mini?
Nem uma justificação, nem uma palavra. Despe a camisola, veste a camisola. És o maior! Na internet até há quem te chame herói pá! Agora és livre pá! Toma lá um bolinho que tu mereces!
E agora como vais fazer nos jogos que ainda faltam para que a época termine? Vais jogar por eles quando já assinaste pela outra equipa?
Ética? Carácter? O que é isso? Ganha-se alguma coisa com isso?
A mim apetecia-me chamar-te um nome, mas não vale a pena descer ao teu nível.
Dos cobardes (tal como dos rachados e dos bufos) não reza a história.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és (ou sempre foste!)

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