Inscrições
junto da direcção da SFA
A
peça vista pela comunicação social:
Depois da estreia no
Festival de Almada, a peça do conceituado encenador francês Bernard Sobel
regressa ao mesmo palco com o espectáculo de Brecht interpretado por alunos
finalistas da Escola Superior de Teatro e Cinema e da ACT - Escola de
Actores.
Na
peça de Bertolt Brecht, que aborda a tensão decorrente do capitalismo e da crise
de 1929 dos Estados Unidos da América, que se repercutiu mundialmente,
explorados e exploradores opõem-se, num contexto económico que se mantém
bastante actual.
A
história contrapõe uma jovem mulher do Exército de Salvação – a Santa Joana que
ajuda os trabalhadores dos matadouros de Chicago – a um capitalista que não faz
mais do que aplicar os princípios do liberalismo económico na
empresa.
Em
palco, os actores trocam papéis, para oferecer mais do que uma interpretação de
cada personagem e trazer a público a reflexão característica de Sobel e a
inquietude de Brecht.
“Público”
"Santa Joana dos Matadouros", de
Brecht, é a crise que Portugal e a Europa
encenam
Um texto de Brecht que questiona a grande depressão de
1929 dos EUA serve agora para falar da "crise que Portugal e a Europa estão a
encenar", numa peça que o Teatro Municipal de Almada (CTA) estreia hoje à
noite.
Com encenação de Bernard Sobel, a obra foi escrita por
Bertolt Brecht entre 1929 e 1932 para refletir sobre a grande depressão, a
primeira grande crise do capitalismo que abalou os Estados Unidos e se estendeu
ao mundo.
No palco, a luz é baixa, azul. Há tambores e gritos.
Correrias, passos pesados. É Chicago nos anos de 1930.
“Lusa”
Um texto de Brecht que questiona a grande depressão de 1929 dos EUA serve agora para falar da "crise que Portugal e a Europa estão a encenar", numa peça que o Teatro Municipal de Almada (CTA) estreia hoje à noite.
"Santa Joana dos Matadouros", de Brecht, é a crise que
Portugal e a Europa encenam
Com encenação de Bernard Sobel, a
obra foi escrita por Bertolt Brecht entre 1929 e 1932 para refletir sobre a
grande depressão, a primeira grande crise do capitalismo que abalou os Estados
Unidos e se estendeu ao mundo.
No palco, a luz é baixa, azul. Há
tambores e gritos. Correrias, passos pesados. É Chicago nos anos de 1930.
A personagem Joana Dark, "burguesinha
católica e respeitadora", como a descreveu Sobel no ensaio, aos jornalistas,
abraça as lutas dos trabalhadores famintos dos matadouros da cidade e é pretexto
para perguntar, tentar compreender aquela crise e a que "Portugal e a Europa
estão hoje a encenar".
A peça é interpretada por alunos
finalistas da Escola Superior de Teatro e Cinema e da ACT -- Escola de Atores,
um desafio lançado ao encenador francês pela Companhia de Teatro de Almada, para
que repetisse em Portugal o que fez em 2008 com os atores finalistas do
Conservatório Nacional Superior de Arte Dramática de França.
O texto de Brecht, disse, "é
maravilhoso para trabalhar com jovens atores".
"Estes jovens estão a viver algo
surpreendente: a crise. Isso faz com que se ponha em causa todo o sistema no
qual vivemos, ou seja, faz com que se tente perceber o que se passa. E foi isso
que propus aos jovens atores portugueses. Com Brecht, refletir sobre o que está
a acontecer, que não é fácil de perceber", explicou o encenador.
Esta peça, disse, "permite-nos
colocar questões que nos preocupam e para as quais não temos resposta. É isso o
essencial".
"O que tentei foi fazer compreender
que o teatro é uma prática, uma ferramenta, da qual todas as sociedades se
serviram para se questionar; que o teatro é, por essência, político, porque fala
da vida", acrescentou Sobel.
"Santa Joana dos Matadouros" "não é
outra coisa que não uma das etapas da evolução da sociedade" e não serve para
"esquecer preocupações e para divertir". É "o prazer de pensar no que vivemos,
mesmo que isso seja trágico".
A peça fica em cena na sala principal
do CTA até 20 de novembro.
“RTP”
A
crise bolsista segundo Bertolt Brecht
Mais actual era
impossível: entre 1929 e 1932, inspirado pelo primeiro crash da bolsa nova
iorquina, Bertolt Brecht escreveu ‘Santa Joana dos Matadouros’, uma peça que
questiona a forma como nos comportamos uns com os outros nos momentos mais
difíceis das nossas vidas. Oitenta e dois anos depois, e a braços com uma nova
crise mundial, o encenador francês Bernard Sobel (n. 1935) acaba de estrear a
peça no Teatro Municipal de Almada, onde cumprirá carreira até dia
20.
“Correio da
Manhã”
Sem comentários:
Enviar um comentário